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HISTÓRIA

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“Vem Que Tem”... foi com esse nome que nasceu a “Satura Companhia de Teatro”, em Petrópolis no Rio de Janeiro, em 1993. Fundada pelo ator, diretor e dramaturgo Fred Justen, a companhia era composta por jovens estudantes cheios de criatividade e energia para a produção teatral. Os primeiros trabalhos da companhia focaram apresentações em escolas da cidade e a primeira montagem a ser apresentada em um teatro foi “A Família que Balança, mas Não Cai”. 

 

Com a característica de criar e vencer desafios, que faz parte do perfil da companhia desde sua criação, ainda em 1993, o grupo se aventurou na produção do primeiro filme de sua trajetória. Na época a companhia era formada integralmente por alunos da Escola Santa Maria Goretti. Então, a ideia foi deixar um registro sobre a vida da santa que dá o nome à instituição. Assim, Fred Justen escreveu e dirigiu “A Púrpura do Martírio”, com a participação de mais de 40 alunos da escola. A gravação foi realizada nos arredores da Igreja Nossa Senhora Auxiliadora, no bairro Bingen. O filme foi premiado na Mostra Nacional de Filmes Estudantis, no Rio, sendo vencedor em nove categorias.

 

Durante muitos anos, a companhia seguiu com apresentações em escolas, teatros, empresas, festivais, feiras e praças, levando ao público espetáculos e performances teatrais com temas variados. Em 1998, a companhia teve a segunda experiência nas telinhas com a gravação do longa-metragem, “Nuvem Negra”, finalizado pela Rio-Filmes. Com roteiro e direção de Fred Justen, o filme narra a saga da família Fonseca, que sofre com as maldades perversas do filho mais velho Justino . A companhia se manteve com o nome “Vem Que Tem” até o ano de 2008, quando já com uma nova estrutura, mais profissionalizada, passou a se chamar então, “Satura Companhia de Teatro”. E foi com o clássico do teatro e da literatura portuguesa, “Auto da Barca do Inferno”, de Gil Vicente, que a companhia deu início a sua nova fase.

 

Hoje, a Satura Companhia de Teatro reúne mais de 20 espetáculos adultos e infantis, entre os quais alguns musicais, sócio-educacionais, leituras dramatizadas, teatro empresa e performances, que já contemplaram mais de 500 mil pessoas em diversas cidades do Rio de Janeiro e do Brasil. Conta atualmente com mais de 20 profissionais entre atores, diretores, autores, músicos e demais profissionais da classe artística que contribuem para a cultura e formação de plateia na cidade e fora dela.

 

Nos últimos anos, a Satura viveu grandes marcos em sua história. Em 2015, nas comemorações de 22 anos de existência, e por que não dizer resistência, a Satura produziu o musical “Ópera Insânia”, que contou com a supervisão da atriz Elke Maravilha. A partir desse trabalho, Elke se tornou madrinha da companhia, juntamente com seu irmão Frederico Grunnup. 

 

No mesmo ano, a companhia produziu também o infantil socioeducativo, Nas Águas da Realeza - Uma Viagem pelo Velho Chico. Esses trabalhos renderam dois prêmios culturais, o Prêmio Maestro Guerra Peixe 2016 e o prêmio por seleção e apresentação no 1º Intercâmbio de Teatro Internacional de Santa Teresa, no Espírito Santo respectivamente, o espetáculo também saiu com 3 indicações no 14º Festival Nacional de Teatro de Duque de Caxias, melhor ator coadjuvante, melhor atriz e melhor figurino. Este último trabalho proporcionou à companhia um convite para se apresentar em Cali, Colômbia pela Compañia de Artes Escênicas Em Teatro. Ainda em 2016 a Satura montou Androfóbicas, uma comédia igualmente marcante para a trajetória da companhia, que teve a supervisão da atriz Rogéria. O espetáculo fez uma temporada em 2017 de enorme sucesso no Teatro Municipal Café Pequeno, no bairro do Leblon, no Rio de Janeiro e conquistou o público carioca. 

No ano de 2018 a companhia completou 25 anos de existência e foi convidada pelo Sesc Quitandinha para participar da Mostra Regional de Artes Cênicas com o espetáculo Porão de Baleias, que teve a supervisão do renomado diretor teatral Moacir Chaves. E em fevereiro de 2019, a Satura inaugura sua tão sonhada sede no centro de Petrópolis, com o nome de Núcleo Satura Companhia de Teatro, onde promove ensaios, oficinas, e cursos de teatro, ministrados pelo diretor da companhia Fred Justen. O espetáculo Nas Águas da Realeza, foi convidado pela Prefeitura da Cidade de São Paulo, através da Secretaria Municipal de Cultura a realizar uma temporada em várias bibliotecas de São Paulo, levando teatro e cultura para o público paulista. E fechando 2019 a companhia estreou seu mais novo e ousado espetáculo musical Jorge, O Santo Guerreiro no Sesc Quitandinha. Com um sucesso arrebatador, a plateia se emocionou com a história da vida e do martírio de Jorge da Capadócia.

 

Em 2020, mesmo com a Pandemia da Covid-19 assolando o mundo, a Satura não interrompeu suas produções.

Foi contemplada pelo edital Fique em Casa com Cultura e montou a performance teatral Brecht Por Ele, com textos de Bertolt Brecht e interpretação de Fred Justen. Já em 2021, produziu O Povo em Pé, espetáculo que fala sobre as queimadas e desmatamentos nas florestas e que foi contemplado pela Lei Aldir Blanc. Também lançou o Documentário Satura 28 anos, com roteiro e direção de Tiago Vieira e a leitura dramatizada do texto Desencantos de Machado de Assis, ambos projetos que foram contemplados pelo Fundo Municipal de Cultura de Petrópolis. Ainda em 2021, a Satura foi convidada pelo Sesc Paraty, para integrar o projeto " Cena ao Redor" com o intuito de unir artistas e coletivos de teatro, dança e circo para expandir o diálogo e visualizar ações que venham a contribuir no fazer da cena da atualidade.

A companhia chega aos seus 29 anos, iniciando 2022 produzindo um novo espetáculo, intitulado “Pérola” com texto de Tiago Vieira. Projeto que foi contemplado pelo Fundo Municipal de Cultura de Petrópolis. E paralelo a esse trabalho, prepara a leitura dramatizada do clássico de August Strindberg “A Mais Forte” que é um projeto aprovado no edital Cultura Presente nas Redes 2, do Rio de Janeiro. E em 2023 a Satura celebra 30 anos de trajetória, somando mais de 25 espetáculos produzidos, e sendo indicada ao prêmio Maestro Guerra Peixe de Cultura, na categoria teatro, pelo espetáculo "O Povo em Pé". Essa é uma das premiações mais importantes da cultura petropolitana. A Companhia está no rol das companhias teatrais mais importantes e relevantes do cenário cultural de Petrópolis e de todo o estado do Rio de Janeiro.

Em 2024 a Satura é reconhecida pelo Ministério da Cultura, como Ponto de Cultura devido à sua enorme contribuição ao fomento do teatro na cidade de Petrópolis.

*A palavra “sátira” procede do latim “satura” e tem um sentido inicial de representação teatral com base de diálogo burlesco, contendo música, interpretação e dança; a isto se chama sátira dramática.

Enquanto gênero literário formalmente definido na literatura latina, a sátira possui elementos da satura – gênero poético latino, desaparecido no século II a.C. e caracterizado pela mistura de temas diversos, por diálogos e pela improvisação.

A satura figura como uma das mais antigas formas de representação dramática em Roma.

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